domingo, 29 de novembro de 2009

Encaminhamentos para o final


ENCONTRO DO DIA 26/11/09

Lembramos que estamos em fase de conclusão do programa GESTAR II em nosso município, portanto é chegado o momento das entregas dos projetos e dos portfólios dos cursistas. Além disso, a próxima semana está repleta de eventos, para os quais os cursistas estão convidados: Feira do Livro de São Leo, cujo início será em 28/11/09; em 30/11 – Encontro com Marô Barbieri (18h30min até 20h); em 01/12 – Encontro com Caio Riter e Luís Dill (18h30min até 20h) – processo de criação e literatura juvenil, ambos na feira do livro; em 05/12 – Encerramento do programa Gestar II e do projeto LeiturAção.

Depois disso, concluímos o tema Variantes lingüísticas: desfazendo equívocos, e refletimos sobre a posição docente adequada frente aos diferentes comportamentos lingüísticos dos alunos e nosso compromisso de desenvolver-lhes sua competência lingüística. Por fim, passamos ao tema principal do encontro de hoje: GRAMÁTICAS E SEUS VÁRIOS SENTIDOS.

Como ilustração, provocamos um debate entre supostos professores que defendem e supervalorizam o ensino da gramática normativa (ensino prescritivo) e professores que consideram o ensino da norma culta simplesmente uma arbitrariedade. Após essa reflexão, concluímos que precisamos ajudar o aluno a desenvolver a capacidade de compreender e a de produzir os mais diferentes tipos e gêneros textuais para as mais diferentes situações de uso da língua. Então há necessidade de ensinar-lhes também a norma culta para que eles tenham mais opões de uso da língua e se tornem mais capazes de se desenvolverem como cidadãos. Nunca, porém, considerando-a melhor que os outros dialetos, mas como mais um recurso a ser usado em determinados ambientes e situações.

Para reforçar o tema, os cursistas ainda leram e refletiram sobre um texto de Irandé Antunes, intitulado Muito além da gramática, por um ensino sem pedras no caminho, e analisaram as idéias principais do mesmo.

Ainda assistimos ao filme de Darci Ribeiro O povo brasileiro.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

IMBRICAMENTO entre sociedade, cultura e língua


ENCONTRO DO DIA 19/11/09

Estamos lembrando a nossos cursistas que já podem ir entregando seu projeto.

A partir do conteúdo da aula passada, avançamos para a norma culta; a língua oral e a língua escrita, ressaltando a importância de o docente refletir sobre sua posição frente aos diferentes comportamentos lingüísticos dos alunos e seu compromisso de desenvolver-lhes sua competência lingüística.

Num segundo momento, partimos para a organização de um painel com recortes de pano que reforcem a idéia de imbricamento das instâncias Língua, Sociedade, Cultura Brasileira.

Previmos, ainda, uma tarefa de casa para nossos cursistas: preparar um relato de uma experiência sobre o ensino de um conteúdo gramatical.

Fazendo ARTE


ENCONTRO DO DIA 14/11/09

Após os recados e a lista de objetivos, iniciamos com uma revisão da aula anterior, em seguida, passamos ao estudo sobre registros e suas modalidades; depois passamos ao estudo dos dialetos, idioletos e registros

Num segundo momento, esteve conosco a Prof.ª Nara Locatelli, especialista em Educação Artística, para desenvolver o item: Arte: a arte na vida cotidiana, características e formas de arte.
Então, ela coordenou uma oficina de pintura, onde o trabalho transcorreu assim:

Material necessário:
1 pote de tinta de 250ml (pode ser tempera ou acrílica).
1 pincel chato n.º: 22 ou 24.
1 folha de papel canson branco, tamanho A3..
Jornais velhos para forrar as mesas.
Pote para colocar os pincéis na água após o uso.
Avental para proteger a roupa.
Obs.: o material acima é individual.

Descrição da atividade.
Dispor as classes ou mesas de forma que seja possível cada participante circular em torno das mesmas;
Forrar as mesas com jornais;
Dispor sobre os jornais uma ao lado da outra as folhas de papel canson (uma por participante);
Em uma mesa, à parte, misturar as tintas criando cores inusitadas (uma nova cor por participante, em quantidade que, imagine-se, seja suficiente para pintar todo o espaço de uma das folhas do papel canson);
Cada participante ficará em frente a uma das folhas do papel canson, com sua tinta em uma das mãos e um pincel em outra;
Ao sinal do orientador da oficina, cada participante começa a pintar livremente no papel a sua frente,;
Haverá uma palavra de ordem que poderá ser “trocou”, ao sinal da qual cada participante sempre segurando sua tinta e seu pincel, se dirigira para a esquerda e reiniciará sua pintura no próximo papel, tomando-se o cuidado de não pintar por cima da interferência já feita pelo outro participante e circulando assim várias vezes por cada papel até que a folha toda receba uma camada de tinta através das pinceladas.
É importante que não fique aparecendo papel, pois está sendo executada uma atividade específica de tinta sobre papel e neste caso sempre deverá ter-se o efeito de tinta no acabamento do trabalho;
A identificação deverá ser executada após a tinta seca e de maneira discreta, preferencialmente usando tons que já estejam presentes no trabalho.

Conteúdos e objetivos que poderão estar sendo enfatizados:
Disciplina, organização, respeito, orientação espacial, coordenação motora fina e grossa, linhas, cores, luz e sombra, criatividade, produtividade, participação, aceitação, integração, contextualização de saberes culturais diversos, motivação de pesquisa da vida e obra de artistas, autoavaliação.

Humildemente aceito sugestões e relatos em meu blog e meu e-mail.
naralocatelli@hotmail.com
http://pt.netlog.com/locatelliartes
Nara Locatelli

Obs. A professora ainda apresentou e comentou imagens de trabalhos em exposição na BIENAL em POA.

À Prof.ª Nara cabem nosso reconhecimento e admiração pelo trabalho realizado.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009



ENCONTRO COM ESCRITORAS

ENCONTRO DO DIA 05/11/09

Nesse dia, começamos com nossos recados. Depois listamos nossos objetivos, quais eram:
1. Relacionar Língua e cultura;
2. Caracterizar Dialeto e Idioleto;
3. Identificar registros e suas modalidades;
4. Participar de uma mesa redonda com apresentação das escritoras Ninfa Parreiras e Georgina Martins – com mediação da Prof.ª Simone Assumpção.

Na sequência, fizemos uma revisão da aula anterior e comentário sobre o filme O Ponto de Vista:
1) Qual a intenção do filme?
2) Quais os pontos de vista apresentados no filme?
3) Algum deles combina com o seu?

Em seguida fizemos a distribuição da seguinte tarefa para casa :
Ler a Unidade 1 (p.13), do TP1, e responder às questões seguintes:

Qual a concepção de LINGUAGEM para os sociolinguistas?
Que elementos são importantes no processo de interação?
Por que são importantes as condições sociais e históricas numa interação?
Qual a relação que se estabelece entre sociedade, cultura e língua?
Por que podemos dizer que língua é um sistema aberto e em construção?
Quais são as formas de variação da língua?
Depois de ler os textos RETRATO DE VELHO (TP1, p.14) e CIÚME (TP1, p.20), responda:
a) Que exemplos de variações lingüísticas são apresentadas nesses textos?
b) Qual o critério que determina essa variação?
c) Em que aspectos diferem as falas das personagens?
O que é norma?
Qual é a relação entre o pertencimento a grupos e o uso da língua?
O que é dialeto?
Quais os tipos de dialetos existentes?
O que é idioleto?
O que é registro?
Quais são as modalidades de registro?
Qual a importância, do ponto de vista pedagógico, que nos apresenta o estudo dos registros?

Por último, fomos ao Teatro Municipal, onde se fizeram presentes, as escritoras Ninfa Parreiras e Georgina Martins, além da Prof.ª Simone Assumpção. Elas falaram sobre literatura infanto-juvenil. As duas primeiras além de professoras são escritoras de obras infanto-juvenis.

Foi muito bom ouvirmos outras vozes que se somam à nossa para falar da importância da leitura para as crianças desde seu berço.

domingo, 1 de novembro de 2009

ENCONTRO - DIA 29/10/2009

O objetivo desse encontro era o de identificar os pontos de vistas nas interações humanas;

1) Começamos com a leitura de um poema de Mário Quintana (Ler é Saber nº 3 – 2009)

Seiscentos e sessenta e seis

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê já são seis horas: há tempo...
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, passaram sessenta anos...
Agora é tarde demais para ser reprovado...
E se me desse – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre, sempre em frente...

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das
horas

2) Questionamos sobre qual o significado de uma semana para cada um dos cursistas. Em seguida, trocamos idéias sobre a questão tempo.

3) Depois passamos à leitura do texto e aos exercícios propostos: Uma semana e vários pontos de vista (118 – AAA1)

4) Fizemos, também, leituras e comentários do TP1 sobre O ponto de vista, incluindo a Charge do Quino p. 146 TP 1

5) Por fim, assistimos ao filme O ponto de Vista.

ENCONTRO - DIA 22/10/2009

A) Começamos com uma síntese sobre argumentação, tema do encontro anterior. Nesse momento, focalizamos alguns pontos, como:
1. O linguista Oswald Ducrot afirma que a argumentatividade está inscrita na própria língua.
2. Em sua gramática, esse autor afirma que toda a língua possui mecanismos argumentativos = marcas lingüísticas de enunciação ou da argumentação, considerados como modalizadores, cuja função é a de determinar o modo como aquilo que se diz é dito. Ex.: até, inclusive, até mesmo – A apresentação foi coroada de sucesso, estiveram presentes personalidades do mundo artístico, pessoas influentes do mundo político e até mesmo o Presidente da República.
Em escala contrária, usaríamos outros operadores: Ex: O rapaz era dotado de grandes ambições. Pensava em ser, no mínimo (pelo menos, ao menos), prefeito da cidade.
Estratégias argumentativas ou recursos argumentativos são as maneiras que usamos num texto para convencer nosso interlocutor.
3.Um texto busca convencer o interlocutor acerca de uma idéia principal, chamada de TESE. Essa será defendida por meio dos ARGUMENTOS, que são as razões utilizadas para convencer da validade da tese.
4.Usamos diferentes tipos de argumentos em nossos enunciados:
- argumentos baseados no senso comum, sem necessidade de comprovação;
- argumentos baseados em provas concretas (resultados de pesquisas, estatísticas)
- argumentos por ilustração (generaliza a partir de uma particularidade);
- argumentos por exemplificação (a partir de um exemplo, generaliza);
- argumento de autoridade (recorre a fontes de informação renomadas);
- argumento de raciocínio lógico (causa e conseqüência, e de condição).
Importante: defender uma tese com argumentos fortes, coerentes e coesos. Se na argumentação, houver um argumento mal-construído, a tese pode ser derrubada.
O sentido global do texto e o objetivo da argumentação são os responsáveis pela qualidade desse processo.

B) Em seguida nossa atenção dirigiu-se para a o fenômeno da intertextualidade
Refere-se a um fenômeno que acontece em toda a nossa vida, em particular na linguagem e resulta de estudos recentes, especificando, trata-se do diálogo que existe entre os textos, antigos ou contemporâneos, mas que mostram que nenhum texto surge do nada.
Quando pensamos, fazemos, falamos ou escrevemos alguma coisa, estamos realizando algo que tem a ver com o que outros já pensaram, fizeram ou escreveram. Do mesmo modo, quando produzimos textos, eles são o resultado da influência de outros já produzidos anteriormente.
Esse fenômeno recebe o nome de INTERTEXTUALIDADE. (ligações que existem entre-textos).
Podemos comparar esse fato com o que acontece em nossas vidas: não podemos imaginá-las separadas de outras; do mesmo jeito, os textos que produzimos mantêm ligação com outros que circulam ou já circularam na nossa cultura.
Desde o início de nossa civilização os homens exercem influência uns sobre os outros. O que somos hoje – bons ou menos bons – é o produto de muitas conquistas e muitos problemas vividos pelas gerações anteriores. Os legados de cada geração vão passando às subseqüentes.
A partir da antiguidade, a história mais recente nos mostra como homens e mulheres são capazes de deixar marcas indestrutíveis para a posteridade. Basta lembrar os legados de gregos, romanos, árabes, árabes, italianos, franceses, em certos momentos de nossa história. Atualmente, vale lembrar a influência dos USA.
Por outro lado, mesmo acontecendo assim, criamos textos novos, porque existe outro elemento a considerar na leitura e na produção textual. Trata-se do PONTO DE VISTA.

Então, a par da intertextualidade, temos que considerar o papel do ponto de vista e as influências de ambos em nosso cotidiano, bem como em nosso contato com obras de arte, em nossa leitura de mundo que pode tornar-se mais crítica e mais sensível, além de nos tornarmos melhor preparados para explorarmos esses tema com os alunos.

C) Depois houve a exposição de vários materiais que possibilitaram a comparação, a reflexão e o debate sobre o tema em estudo: a canção Teresinha de Jesus e a letra da música Teresinha, de Chico Buarque de Holanda; o vídeo Os trapalhões - Teresinha; a canção Café da manhã, de Roberto Carlos, com os Trapalhões.
D) Estudo dos tipos de intertextualidade. Ilustração por meio do vídeo El Grand Dictador.
E) Ainda, oportunizamos mais análises e debates dos textos de São Paulo, Luís de Camões e Renato Russo sobre o amor.